terça-feira, 6 de abril de 2010

Guerras Médicas




Durante sua expansão em direção ao Ocidente, o poderoso Império Persa conquistou diversas colônias gregas na Ásia Menor, entre elas a importante cidade de Mileto. Essas colônias, lideradas por Mileto e contando com a ajuda de Atenas, tentaram, em vão, libertar-se do domínio persa, promovendo uma revolta. Foi o que bastou para Dário I, rei dos persas, lançar seu poderoso exército sobre a Grécia Continental, dando início às Guerras Médicas. As guerras médicas, entre gregos e persas, foram motivadas pelos seguintes fatores:
- Choque de interesses entre o imperialismo grego e o imperialismo persa, ambos visando aos mercados consumidores do Oriente Próximo. Os persas, senhores das costas asiáticas do Mar Egeu, e das comunicações marítimas, ameaçavam o comércio, a prosperidade das cidades da Grécia balcânica e, principalmente, o aprovisionamento de trigo do Mar Negro;
- Revolta das cidades gregas da Ásia Menor contra o domínio persa, encabeçada pela cidade de Mileto, governada por Aristágoras, auxiliada por Atenas e por Erétria, que enviaram dois mil homens. Os aliados entraram na Ásia e incendiaram Sardes. Os persas reagiram. Teve início a luta.





A primeira Guerra Médica (490 a.C.):



O poderoso exército persa, organizado por Dario I, depois de submeter os jônios e arrasar Mileto (494) dirigiu-se para a Grécia (490). Numa frota composta de 60 navios, atacou Naxos, incendiou Erétria e desembarcou na Planície de Maratona, próxima de Atenas. Filpíades correu até Esparta para pedir auxílio, mas não chegou a tempo. Milcíades, grande general ateniense, conseguiu derrotar os invasores salvando a Grécia.
A segunda Guerra Médica (480 a 479 a.C.).:
Xerxes, filho e sucessor de Dario I, depois de sufocar as revoltas internas com um poderoso exército, atacou a Grécia na primavera de 480 a.C., depois de atravessar o Helesponto numa ponte de barcos. Esparta assumiu o comando supremo das forças gregas, e, para impedir a penetração na Grécia central, colocou um exército no desfiladeiro das Termópilas, sob o comando de Leônidas que, traído por Efialto, morreu com os seus trezentos espartanos. Atenas foi incendiada. Seus habitantes refugiaram-se na Ilha de Salamina onde o general Temístocles impôs espetacular derrota aos persas. Nas batalhas de Platéia e Micala saíram vitoriosos Pausânias e Xantipo, respectivamente.
>>A Confederação de Delos (478 a.C.) Por iniciativa de Aristides, o Justo, foi formada um liga de cidades gregas sob a proteção de Atenas, denominada "Confederação de Delos", com sede em Delos. Seu objetivo era combater os persas. As cidades que dela faziam parte deveriam contribuir, anualmente, com dinheiro, homens e barcos. Atenas, porém, aproveitou-se do fato de ser a responsável pelo dinheiro da Confederação e passou a usá-lo em benefício próprio. Com isso, impulsionou sua indústria, seu comércio e modernizou-se, ingressando numa fase de grande prosperidade, e impondo sua hegemonia ao mundo grego. O apogeu dessa fase correspondeu aos anos entre 461 e 431 a.C., tempo em que Atenas foi governada por Péricles. Daí o século V a.C. ser chamado de Século de Péricles.



A Terceira Guerra Médica (468 a.C.):

Os persas foram derrotados pelo ateniense Címon, filho de Milcíades, na Ásia Menor. Por um tratado concluído em Susa, os persas reconheceram o domínio grego sobre o Mar Egeu.












As conseqüências das Guerras Médicas foram:
 Hegemonia de Atenas sobre as demais cidades gregas;
 Revigoramento da democracia;
 Decadência do Império Persa;
 Formação da Conferação de Delos;
 Rivalidade entre Atenas e Esparta.









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